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Você está pronto para inovar?

 

Nosso CEO Paulo Dytz escreveu sobre:
a importância da escuta ativa

Estamos vivendo uma transformação sensível e que irá marcar uma época, diariamente nos provocando a repensar o jeito com que lidamos com nós mesmos, com o outro e com o mundo. Se construir e reforçar a mensagem de uma marca no passado se limitava a estereótipos, formatos de mídia limitados e a um grupo de profissionais restritos, hoje esses modelos não funcionam mais, mas é incrível como velhos hábitos com um discurso de “inovação” ainda tentam resistir à mudança.

Inovar está na forma de promover escuta ativa e na capacidade de desaprender para perceber o que acontece à nossa volta. Está na relação que você estabelece com os seus diferentes grupos de trabalho, em como cria ambientes produtivos, onde todos, sem exceção, possam agregar ideias, trazer suas vivências, definir o modelo de trabalho e assim gerar conhecimento e crescimento mútuo de forma fluída. Claro que o viés tecnológico e a transformação digital são elementos chave de evolução, mas inovar é fundamentalmente um fator humano. E foi com esse mindset que comecei a buscar entender, por volta de 2011, o mercado que estávamos inseridos.

Na publicidade, por exemplo, reuniões de produção de um novo filme publicitário pareciam intermináveis. Gestores de Marca, Diretores de Criação, Diretores de Arte e Diretores de Cena definiam a paleta de cores, fotografia, elenco, figurino, dentre outros tantos aspectos visuais e verbais. Depois de muitas horas de reunião, restavam apenas alguns minutos para a equipe de som apresentar seus conceitos para o projeto ou mesmo simplesmente receber uma ideia pronta para ser executada. Em alguns casos, após ficarmos horas debruçados sobre temas alheios, ouvíamos um retumbante “olha, não deu tempo de falarmos sobre som… Desculpe!”. Porém, no momento de assistirmos a um primeiro corte ou mesmo a uma versão mais acabada com todos os envolvidos, ouvíamos algo como “espero que o áudio esteja incrível, ele é 50% desse filme”.

Anos mais tarde, em conversa com gestores de grandes marcas, ouvi uma frase que chamou a atenção de um alto executivo: “Não sei aprovar áudio em minhas campanhas publicitárias”. A frase repercutiu em alto e bom som em mim, em nossa equipe e nos provocou a redefinir o jeito de pensar a comunicação através do som de forma 360, auxiliando gestores de marca e criativos de agências a tornarem esse processo menos subjetivo e mais assertivo. Todos sabem que uma marca possui diferentes pontos de contato, e fomos percebendo a cada projeto que mais e mais empresas soavam contraditórias de acordo com o contexto. Muito em razão da gestão sonora da marca estar nas mãos de gestores e parceiros criativos distintos. Sem perceberem como a marca soava, não conseguiam atacar o problema e isso gerava impacto negativo para a mensagem como um todo.

Se num segmento que nasceu há muitas décadas, como a publicidade, esses ritos ainda acontecem dessa maneira até hoje, imaginem em outros mercados e disciplinas, onde o som é fundamental, mas também não possui o destaque que deveria. Começamos a trabalhar com arquitetura e a redesenhar paisagens sonoras para diferentes espaços há quase uma década e também encontramos resistências em relação a como utilizar o som para construir experiência de marca. Aqui também participamos de reuniões longas, onde muitas vezes já havia um conceito arquitetônico definido sem levar em conta questões essenciais como conforto acústico e plano de sonorização. Pensar num ambiente através do som é muito importante, mas o mercado infelizmente ainda pensa de forma facetada, onde a equipe de obra trabalha fatores como acústica e sonorização muitas vezes de forma periférica e somente depois a equipe de marketing irá pensar no conteúdo que será projetado.

Na verdade, deveriam se dar conta que o desenho da experiência através do som impacta a produtividade de equipes, gera agradabilidade e inteligibilidade em clientes e essencialmente cria memória de marca, mas se dá a partir do gerenciamento holístico de todos esses pontos e não de forma fragmentada. Lembro de ter uma reunião com um CEO de uma grande rede de shoppings do Brasil na época, onde falamos justamente desses pontos. Começamos a entender cada vez mais esse mercado e a perceber diversos ruídos, onde poderíamos potencializar ideia e experiência de marca, pensando em um cenário cada vez mais Phygital.

Hoje, além de produzir som, estamos gerando estratégias sonoras e repensando a comunicação de diferentes tipos de marcas dos mais variados setores para dentro e fora do Brasil através da música, voz, ruído e silêncio. Estamos redesenhando a experiência do usuário em produtos icônicos como carros e a paisagem sonora de lojas, aeroportos, hospitais, dentre outros. Ajudando a construir a voz de grandes marcas atreladas a Inteligência Artificial ou mesmo realizando projetos dos mais variados com um grau de inovação elevado. Por trás desses projetos, um propósito: ajudar a gerar a consciência sonora no mercado e transformar marcas, negócios e pessoas através do som. Fomentando nossa metodologia de Sound Thinking, plugando profissionais de diferentes skills e lugares, recebendo premiações importantes ao redor do mundo e sendo acionados por profissionais que querem inovar no viés sonoro.

Nos tornamos a primeira Sound Company e creio que nosso papel seja também provocar novos modelos de negócios e reflexões. Vejo muito recorrentemente o desejo de profissionais e empresas de promoverem inovação. Mas com tantas atividades, cobranças por resultados e burocracias, se colocam em uma redoma quase intransponível.

Se eu pudesse dar uma dica do que tenho vivido e aprendido ao conduzir uma empresa de quase 20 anos como a Soundthinkers é: abra a escuta ou crie uma maneira da sua empresa estar atenta ao que está acontecendo lá fora. Esteja aberto a gerar novas conexões e formatos com parceiros criativos, de dentro ou fora do seu negócio. Diferentemente de uma visão generalista, onde um único lugar com seu grupo de profissionais está apto para resolver todo e qualquer desafio, monte times além dos parceiros tradicionais. Questione seu time e promova a colaboração. O encontro de expertises complementares amplifica de forma exponencial os resultados finais de cada projeto. Coloque-se verdadeiramente aberto e receptivo a novas formas de pensar e agir. Dessa forma, quando um novo parceiro que promove inovação bater a sua porta, ela estará sempre aberta.

Queremos escutar você