Um papo sobre Som, Design e Branding
Conversamos sobre branding e som com a Mari Hochleitner, formada em Desenho Industrial pela FAAP e é Diretora de Design na FutureBrand NY.
Já no início da conversa, um tópico muito interessante foi abordado: a relação dos clientes com suas respectivas agências e escritórios de branding. Muitas vezes na vontade de inovar, alavancar a marca ou até mesmo por querer embarcar em alguma nova trend que esteja acontecendo, o cliente propõe soluções ou demandas para “problemas” que não foram devidamente investigados (e talvez nem sejam os reais pontos a serem atacados). Pouco espaço se dá para pesquisa e investigação de mercado quando há uma ânsia pelo fazer, mas na verdade, resultados mais criativos e que conversam com a marca ficam evidentes ao investir na busca pelas perguntas certas.
Traçamos um paralelo com a abordagem dos Sound Thinkers, cujo a etapa de Listen é justamente colocar energia no entendimento completo dos desafios e oportunidades de cada projeto para só então criar um plano de ação. A prática de conduzir o branding através de soluções rápidas e de baixo custo não conversa com o anseio cada vez mais pujante dos diferentes agentes de marca criarem uma presença forte e memorável em meio a um emaranhado de mensagens que chegam a todo instante. Essa construção precisa de uma base forte, tanto no viés visual quanto no sonoro. Logomarca, filmes para TV, comunicação online… para uma marca realmente se destacar em meio a tantos concorrentes, o trabalho de branding precisa ser muito coeso, atacando todos os sentidos e pontos de contato. A Mari nos contou que prevê um futuro onde o som e a imagem serão tratados como um conjunto sensorial, o que facilita muito a tangibilização de conceitos de branding que vão além da imagem.
Para fechar a conversa, discutimos um pouco sobre mudanças e comportamentos atuais do mercado, como, por exemplo, marcas de porte menor buscando estratégias diferenciadas de branding. Essa evolução é justamente o que faz com que um novo tipo de estratégia multissensorial se torne cada vez mais atraente, acessível e necessária para aqueles que desejam se manter relevantes.