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Som no varejo, muito além de uma rádio.

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Clientes e colaboradores são diretamente afetados pela atmosfera sonora de espaços comerciais e isso vai muito além da seleção de músicas.

Quando se fala em experiência de loja através do som, para muitos gestores que já passaram ou lidaram com esse assunto, a resposta provavelmente estará na definição de músicas ou na implantação de uma rádio própria, por exemplo. Mas o que muitos não percebem é que a escolha do conteúdo sonoro deveria ser a última coisa a ser pensada no desenho e ou conceito de loja através do som.

Nós começamos a implantar nossa metodologia de Sound Thinking há mais de dez anos no ambiente do varejo. De lá pra cá tivemos muitos aprendizados desenhando soluções sonoras para diferentes contextos e espaços comerciais para os mais variados segmentos. Um primeiro ponto que percebemos, é a negligência dos brasileiros quanto ao uso do som no ao pensar na jornada de colaboradores e clientes nesses locais. E aqui está um primeiro e importante hiato a ser corrigido. Todo e qualquer fator sonoro deve ser levado em conta quanto queremos produzir uma experiência em consonância com os preceitos da marca, em tornar a experiência ainda mais intuitiva e amigável.

São questões chave que certamente farão a diferença e que irão causar impacto na permanência de clientes e na percepção da sua marca. Essa lição vale também quanto à produtividade de diferentes equipes ao longo da jornada de trabalho. De nada adianta almejar resultados de vendas do time se você não propicia uma atmosfera sonora condizente para esse fim. E isso, infelizmente, é algo muito comum no varejo brasileiro.

Seja uma rede com muitas filiais ou uma loja única, na hora de desenhar um conceito sonoro é fundamental entender como irá se dar a jornada de diferentes atores e como a essência da marca e aspectos chave da experiência, como agradabilidade, inteligibilidade e até mesmo produtividade do time, serão traduzidos em cada manifestação sonora. O segundo ponto, após compreendido como as pessoas irão experienciar o ambiente da marca, é identificar o grau de conforto sonoro que será estabelecido. Aqui, fatores como acústica e a seleção de equipamentos e maquinários, também com base em premissas de ruído, são essenciais.

Grande parte do ruído de fundo gerado na operação de uma loja, por exemplo, é causado pela ausência de um bom projeto acústico e pela falta de planejamento na seleção de equipamentos demasiadamente ruidosos na jornada. Lembre-se que a exemplo da poluição visual, você pode estar produzindo uma poluição sonora na sua experiência de marca se não houver um cuidado sobre esse tema. Nos deparamos com vários casos em que o conceito de loja visualmente estava muito bem concebido, mas a faceta sonora estava totalmente incongruente ao conceito central. E aqui um primeiro e grande diferencial para aqueles que buscam gerar manifestações únicas e consistentes de marca: tenha o som como aliado e o projete, assim como o aspecto visual e tátil.

Vencida esta etapa, é hora de pensar na sonorização de cada espaço. Incrivelmente esse processo também é colocado de lado, sendo muitas vezes executado somente depois da fase de luminotécnica, onde alto-falantes, geralmente de embutir e de custo baixo, são lançados sem muito penso. Reforço que esse é mais um ponto crucial no desenho da atmosfera sonora de marca: entender em quais locais dentro do mesmo espaço o conteúdo sonoro irá soar com volumes diferentes, mas sempre primando pela boa qualidade.

A falta de planejamento nessa fase implica em ambientes com “buracos sonoros”, onde é perceptível pontos sem projeção de som ou ainda com volume exacerbadamente alto. Além disso, projetar o sistema de som que será implantado pode colaborar com o fator estético e, em alguns casos, gerar otimização de budget, tendo em vista a aquisição de equipamentos em menor quantidade e maior qualidade.

Por fim, agora com o ambiente preparado para receber som. Estamos prontos para desenhar o conteúdo sonoro que será projetado juntamente com todas as outras camadas sonoras que estarão presentes. Entretanto, o raciocínio sonoro, como já comentei em outros artigos, precisa fazer sentido com seu dna sonoro e estar presente de forma consistente no seu arco narrativo. O eixo central é que, independentemente do ponto de contato, sua marca possua uma coerência sonora e não soe diferente a cada momento em que é acessada. E no varejo, lembre-se de não pensar apenas em criar momentos sonoros atrelados aos seus diferentes perfis de clientes como também em potencializar a produtividade do seu time, pois cada detalhe importa na hora de gerar resultado através do som.

(Re)think design through sound.

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